quarta-feira, 12 de novembro de 2014

A VOZ DO POVO __ Por Olavo de Carvalho

A VOZ DO POVO
Por Olavo de Carvalho
O Brasil é o único país da galáxia no qual apuração secreta é coisa democrática e exigir recontagem de votos é antidemocrático. O tom de aparente sinceridade, até de inocência, com que tantas pessoas aparentemente cultas enunciam esses julgamentos mostra que os últimos vestígios de educação política desapareceram do cérebro nacional. Só a educação política? Não. A racionalidade em geral. A total insensatez tornou-se critério de normalidade.
Carl Schmitt, o desafortunado filósofo que meio involuntariamente ajudou a formular os planos do Estado nazista, definia a política como aquele campo da atividade humana no qual nenhuma resposta racional às dúvidas é possível e onde, portanto, só o que resta é reunir os "amigos" contra os "inimigos".
Há muitas situações que são incontornavelmente políticas, nesse sentido. Uma eleição é o exemplo mais típico. É impossível provar racionalmente que X será melhor ou pior governante que Y. Pode-se conjeturar o futuro em termos de probabilidade razoável, mas nem todos os melhores cálculos probabilísticos do mundo, somados, poderão jamais eliminar a sua própria margem de erro e provar racionalmente que ninguém deve apostar nela. A decisão, portanto, é política em sentido estrito.
Apuração de votos, no entanto, não é uma questão política de maneira alguma. É uma questão de aritmética e de verificação idônea.
Também não é de maneira alguma uma tomada de posição política afirmar que uma apuração secreta, inacessível a qualquer averiguação popular ou recontagem de votos, é uma aberração autoritária incompatível com a idéia de “democracia”, mesmo tomada na sua acepção mais elástica. É uma questão de lógica, de pura comparação de conceitos.
E não é uma questão política saber o sentido da palavra “democracia”. É uma questão de consulta ao dicionário. Democracia sem transparência, democracia onde todo mundo é obrigado a aceitar, sem questionamentos, a palavra de um funcionário estatal altamente suspeito de parcialidade e o parecer técnico de uma empresa já mil vezes acusada de fraude, não é democracia em nenhum sentido identificável da palavra. No entanto, todo o establishment político e midiático deste país, todas as mentes iluminadas e pessoas maravilhosas repetem que é, e chamam de “extremista de direita” quem insista em exigir eleições limpas, com apuração controlada pelo povo. Quem é extremista, nós ou o beautiful people que quer nos fazer engolir essa politização forçada, esse schmittianismo psicótico?
O simples fato de que respondam com uma rotulação ideológica pejorativa a uma afirmação auto-evidente já mostra que querem transferir a discussão do campo da razão para o da guerra política nua e crua. Não querem saber se você diz a verdade. Só o que lhes interessa é se você está no grupo dos “amigos” ou dos “inimigos”. E no mesmo instante em que fazem isso têm ainda a cara de pau de discursar contra o “fanatismo” e a “radicalização”.
Apuração secreta é fraude. É fraude em si mesma, independentemente de pequenas fraudes pontuais que possam ocorrer também. É fraude e é a negação ostensiva de todo princípio democrático.
Não podemos aceitar essa imposição de maneira alguma, quer venha do governo, da mídia chique ou de uma oposição vendida, frouxa e cúmplice.
Muito menos é uma questão política saber se o Foro de São Paulo é ou não é a maior e mais poderosa organização política que já existiu no continente, se nele se irmanam ou não se irmanam partidos legais com organizações criminosas, se nele os destinos das nações são ou não são decididos em segredo, pelas costas dos povos. Tudo isso é fato tão bem documentado que até os mais fiéis e destacados membros dessa organização o confessam. O sr. Lula em primeiro lugar.
Mas, para os nossos políticos que se dizem “de oposição”, falar disso é “extremismo de direita”. São eles que politizam tudo, são eles que fogem do campo dos fatos verificáveis para o dos carimbos ideológicos. E, no entanto, os extremistas somos nós.
Continua vigorando, com total e unânime aprovação da classe política, o acordo que segundo o sr. Fernando Henrique Cardoso existe entre o seu partido e o PT:
Nada de divergências ideológicas ou estratégicas, apenas disputa de cargos, donde a redução do confronto partidário a dois itens: corrupção e má
administração. Isso é disputa de prefeitura do interior. É rebaixamento da República brasileira à condição de papagaio amestrado, que só diz o que o dono manda.
Por mais "dura" que seja a oposição prometida por quem se autonomeia opositor no Congresso Nacional, enquanto ela se limitar a questões de incompetência administrativa e roubo, sem mencionar o maior dos crimes, que é o Foro de São Paulo, continuará subserviente ao pacto de contornar divergências ideológicas.
É esse tipo de mordaça anestésica que o povo não suporta mais. É por isso que, saltando por cima dos representantes que se recusam a representá-lo, hoje ele sai às ruas para dizer o que eles não querem que ninguém diga.
Pois agora não ter de ouvi-lo e segui-lo, ou ficar para trás e ser jogados na lata de lixo do esquecimento.

terça-feira, 13 de julho de 2010

JÚLIO DE CASTILHOS - RIO GRANDE DO SUL - BRASIL - 14 DE JULHO FAZ 119 ANOS DE EMANCIPAÇÃO - VULTO ILUSTRE - MIGUEL WAIHRICH FILHO - BENEMÉRITO

História

Segundo o historiador Firmino Costa, nas terras do atual município de Júlio de Castilhos, em tempos imemoráveis, vagavam os índios tapes.

No início do século XVII, foram encontrados pelos jesuítas da Companhia de Jesus que os reuniram e os organizaram em uma aldeia: a Redução de Natividade de Nossa Senhora, fundada em 1633 pelo padre Pedro Álvares, que poderia estar localizada dentro dos limites do atual município.

Temendo o ataque dos bandeirantes, que caçavam índios para vendê-los aos engenhos do norte, em 1638, foi abandonada em uma fuga para além do Rio Uruguai.

Meio século depois, os jesuítas começam a voltar fundando os Sete Povos das Missões (1660 a 1690) e as grandes estâncias jesuíticas. Duas delas estariam em terras do atual município: a Estância de São Pedro e a de Santo Antônio, pertencentes ao Povo de São Lourenço.

Eram terras do domínio espanhol até 1801, quando houve a Conquista das Missões pelos portugueses. Começa então o povoamento da região.

Chegam os pioneiros na ocupação das terras do atual município: paulistas e paranaenses. Entre eles, de 1809 a 1811, André Pereira Garcia e Manuel Moreira Pais.

Em 1812 ou 1813, chega João Vieira de Alvarenga, jovem com cerca de 24 anos, sua mulher Maria Rosa de Morais e seu primeiro filho, o menino Manoel, e alguns escravos, ocupando terras devolutas entre os pioneiros citados, cujo título de Sesmaria ele teria recebido em 1826.

Escolheu o alto da Coxilha do Durasnal, onde hoje é o centro da cidade, ali estabelecendo seus ranchos e mangueira começando a criar gado. O local do rodeio teria sido o da atual praça que leva seu nome. O local, entre São Martinho e Cruz Alta, era ponto de pouso e sesteada de tropeiros de mulas e ele denominou sua fazenda de "Boa Vista", que pode ser considerado como o primeiro topônimo de Júlio de Castilhos.

Com o tempo, o lugar ficou sendo mais conhecido como "o João Vieira".

Em 1834, surgiu o Município de Cruz Alta, desmembrado do de Rio Pardo. O atual Município de Júlio de Castilhos ficava em terras de seu distrito de São Martinho.

O generoso e bem estimado curitibano João Vieira de Alvarenga, que se dedicava mais a carretear, levando erva para o Uruguai, deixou que muitos se estabelecessem junto à sua fazenda, no desejo de vê-la transformada em um povoado.

Em 1870, procedia-se o traçado e demarcação das ruas e praça da incipiente povoação que passou a ser conhecida como Povo Novo.

Em 1876, com a emancipação de São Martinho, foi criado o seu 2º Distrito de Povo Novo.

Em 17 de junho de 1877, Manuel Vieira de Alvarenga que herdou a área do Povo Novo, por falecimento de seu pai em 1856, faz a doação oficial de uma área de 43 hectares que ocupa grande parte do centro da atual cidade. Essa data pode ser considerada como a de fundação da cidade de Júlio de Castilhos.

Em 1885, foi trocada a denominação do lugar para Vila Rica e, em 14 de julho de 1891 - Lei nº607, emancipado de São Martinho, passou a constituir o município de Vila Rica.

De início teve duas comissões administrativas composta de cinco pessoas e, em fins de 1892, foi nomeado o primeiro intendente (prefeito) provisório, Gonçalo Soares da Silva.

Em fins de 1896 houve a primeira eleição do município, com a vitória do capitão Luís Gonzaga de Azevedo.

De 1905 em diante, homenageando seu filho mais ilustre, a cidade passou a denominar-se Júlio de Castilhos.

[editar] Geografia

O município localiza-se a uma latitude de 29º13'37" sul e a uma longitude de 53º40'54" oeste, estando a uma altitude média de 513 metros.

Altitudes:

  • 529 metros (centro da Praça João Vieira de Alvarenga),
  • 516 metros (Estação Meteorológica)
  • 503,81 metros (Estação Ferroviária)

[editar] Economia

É considerada a capital brasileira do gado charolês.

Exportações totais do município (2006): U$ FOB 3.959.575,00

[editar] Transportes

O município é servido com transporte rodoviário e ferroviário (ALL – América Latina Logística).

[editar] Esporte

Destaca-se no município o Esporte Clube Milan, que disputa a segunda divisão do Campeonato Gaúcho de Futebol.

[editar] Prefeitos

  • 1930/1932 - Aristides Gomes (nomeado)
  • 1932/1934 - Harvey de Azambuja (nomeado)
  • 1934/1935 - José Pereira de Vasconcelos Filho (nomeado)
  • 1936/1938 - Novembrino Brás Lenzi Loureiro
  • 1938 - Canápio Barcelos Feio (nomeado)
  • 1938/1940 - Carlos Correia da Silva (nomeado)
  • 1940/1943 - Aristides de Morais Gomes (nomeado)
  • 1944/1945 - Pedro Sousa (nomeado)
  • 1945 - Dulcemar de Melo Ribas (nomeado)
  • 1945 - Antônio Augusto Uflacker (nomeado)
  • 1945/1946 - Mário de Almeida Gomes (nomeado)
  • 1946/1947 - Dulcemar de Melo Ribas (nomeado)
  • 1947 - Angelo Reginatto (nomeado)
  • 1947/1951 - Jorge Alberto Mascarenhas
  • 1951-1955 - Ibis Castilhos Lopes
  • 1955/1959 - Victor Waihrich
  • 1959/1963 - Ibis Castilhos Lopes
  • 1963/1969 - Paulo Rosa Waihrich
  • 1969/1973 - Vicente Mileno de Castro Moreira
  • 1973/1974 - Paulo Rosa Waihrich
  • 1974/1977 - Sérgio Paulo Rosa Guimarães
  • 1977/1982 - Vicente Mileno de Castro Moreira
  • 1983/1988 - Romeu Martins Ribeiro
  • 1989/1992 - José Antônio Razia
  • 1993/1996 - Romeu Martins Ribeiro
  • 1997/2000 - Getúlio Barros Vargas
  • 2001/2004 - Romeu Martins Ribeiro
  • 2005 - João Vestena (reeleito em 2008)

Referências

  1. a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  2. Estimativas da população para 1º de julho de 2009 (PDF). Estimativas de População. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (14 de agosto de 2009). Página visitada em 16 de agosto de 2009.
  3. Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  4. a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (19 de dezembro de 2007). Página visitada em 11 de outubro de 2008.

[editar] Ligações externas

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A CLEPTOCRACIA E OS AGENTES DE CORRUPÇÃO POLÍTICA

[A Cleptocracia e os Agentes de Corrupção Política

Historicamente, qualquer que seja sua origem e seu tamanho, os agentes de corrupção política - caso não sejam combatidos pela sociedade - acabam transformando o Estado em uma “cleptocracia” . Esta palavra de origem grega significa literalmente “Estado governado por ladrões”.
A fase “cleptocrática” do Estado ocorre quando a maior parte de sistema público governamental - criado para manter as relações sociais entre as pessoas da nação - já foi capturada pelos agentes corruptos passivos e ativos e funciona agora apenas como uma máquina de extração de renda ilegal.
Quando os agentes de corrupção de um país conseguem atingir esta fase “cleptocrática”, já não há mais a necessidade de apresentar qualquer aparência de honestidade em suas atividades de corrupção. Essas atividades podem ficar totalmente visíveis porque há uma certeza de impunidade. Quando se instaura esta fase, o jogo político já deixa de ser necessário e os cidadãos sem representação tem poucas alternativas. Uma delas é o cesarismo, nome que se dá à tomada do poder pela força das armas (um dos exemplos são os golpes de Estado praticados por funcionários públicos militares especialmente nos países da América Latina, da Ásia e da África. Outra saída dos cidadãos é apelar para políticos populistas civis que têm liderança entre os militares e que também fazem uso da força militar para impor regimes ditatoriais. Isto é, ao subverter os processos formais da boa governança, a corrupção faz o governo perder legitimidade e acaba minando a democracia representativa. Isto é, os valores democráticos como confiança e tolerância, aspectos do que economistas como Robert Putnam têm denominado de capital social e que são fatores necessários ao desenvolvimento econômico, são destruídos. Isto preparam o campo para as ditaduras. (Para mais informações sobre capital social veja Putnam, R. Making Democracy Work – Civic Traditions in Modern Italy).
A fase cleptocrática é caracterizada por níveis de impostos extremamente altos (mais de um terço ou níveis tão altos quanto 40% do Produto Interno Bruto chegam a ser extraídos da população em regimes cleptocráticos), desnacionalização da propriedade dos negócios dos principais setores da Economia, altos níveis de desemprego estrutural (acima de 15% da população economicamente ativa). O resultados, em termos sociais, são níveis de violência social altíssimas(o número de assassinatos pode chegar a 20 para cada 100.000 pessoas da população da nação por ano, por exemplo). Outros fatos sociais, demonstrados por taxas de imigração e de de sonegação correspondentemente altas, também mostram os efeitos da corrupção.
Contribuições de campanha e dinheiro de corrupção:
A corrupção política implica que as políticas governamentais beneficiam os agentes de corrupção ativa e passiva e não os cidadãos da população geral que pagam os impostos que sustentam a máquina governamental. Um exemplo disso é que os políticos corruptos tendem a promulgar leis que protegem as grandes empresas ao mesmo tempo em que criam dificuldades enormes para a sobrevivência dos pequenos negócios. O que acontece é que esses políticos “favoráveis aos grandes negócios estão devolvendo os favores para as grandes empresas as quais contribuíram pesadamente para suas eleições. Nos Estados Unidos muitos interesses especiais tem sido tão fortemente blindados contra eventuais restrições legislativas que o suborno pode ser considerado um “crime legal”. Para um tratamento mais completo sobre este tema veja corporocracia.
É fácil provar a corrupção, mas é difícil provar que ela não existe. A razão da existência de freqüentes rumores sobre a corrupção de muitos políticos é a dificuldade de provar a ausência de corrupção. Em função de seu trabalho, o de defender um determinado grupo de interesse, geralmente os políticos são colocados na posição comprometedora de solicitar contribuições financeiras para financiar suas campanhas aos constituintes desses grupos de interesse. Freqüentemente, após eleitos, eles precisam agir em defesa dos interesses dos grupos que os financiaram. Mesmo que façam seu trabalho dentro da lei, isto dá início aos boatos sobre corrupção política.
Os defensores dos políticos – não corruptos e corruptos - afirmam que é apenas uma grande coincidência o fato de que muitos políticos pareçam estar agindo em defesa dos interesses dos que financiaram sua eleição e chegada ao poder. No entanto, isto levanta a questão lógica sobre qual é a razão dos grupos de interesse (empresas ou organizações religiosas, por exemplo) financiarem os políticos durante suas eleições se tais grupos de interesse não tem como objetivo obter retornos em troca do valor investido. Qualquer doação de dinheiro sem a devida esperança de retorno vai contra a necessidade de otimização financeira que permite a sobrevivência empresarial ou vai contra a necessidade de obtenção de poder político por parte de outras organizações (como, por exemplo, as organizações religiosas).
Se a legislação permitir que as empresas financiem os políticos que se candidatam a eleições, existe a possibilidade de que estas empresas na verdade estejam comprando antecipadamente desses políticos ações em sua defesa - quando eleitos. Em função deste perigo, a França proibiu totalmente o financiamento dos partidos políticos por empresas. Para evitar a fraude à esta proibição (por exemplo, a empresa aumentando o salário dos executivos e estes repassando o aumento para vos políticos), a França também impôs uma despesa máxima nas campanhas eleitorais mesmo pra doações de pessoas físicas. Candidatos que excederem tais limites ou que apresentarem relatórios de despesas de campanha enganosas e que sejam descobertos são simplesmente declarados derrotados na eleição e perdem o cargo ou são impedidos de concorrerem nas próximas eleições. Na França, o financiamento governamental dos partidos para as eleições é diretamente proporcional ao seu sucesso nas eleições. No entanto, mesmo medidas como estas podem ser consideradas como fontes de corrupção ao favorecerem o status quo político. Políticos de partidos pequenos e independentes argumentam que a tentativa de controlar a influência das contribuições privadas às campanhas eleitorais através de seu financiamento público nada mais fará que proteger os grandes partidos com fundos públicos garantidos e impedindo que fundos privados financiem novos e pequenos partidos concorrentes. Desta maneira, os políticos atualmente no poder estarão legalmente tirando dinheiro dos cofres públicos para garantir que continuem a desfrutar de suas posições influentes e bem pagas.
Principais fatores que favorecem o crime de corrupção
NAS (NAS et al, 1986) divide as causas da corrupção em “causas derivadas de características pessoais” e em “influências estruturais”. As características pessoais podem ser resumidas em desejo por poder derivado de status social. As influências estruturais são divididas em capacidade e qualidade do envolvimento dos cidadãos (que mais tarde Putnam denominou de capital social) e os efeitos do sistema judiciário e legal. Para uma abordagem teórica da corrupção, veja o artigo "A Policy-Oriented Theory of Corruption" (NAS, Tevfik, PRICE, Albert e WEBER Charles. American Political Science Review, 1986).
O principal fator favorável à corrupção é o regime de governo em que não há democracia, isto é, o regime ditatorial ou autoritário. Nestes regimes, as estruturas governamentais de tomada de decisão concentram o poder de decisão em poucas pessoas.
Existem diferenças culturais na forma como corrupção é realizada e na forma com que o dinheiro extraído é empregado. Por exemplo, em países da África a corrupção tem sido uma forma de extração de renda em que o capital financeiro obtido é exportado para o exterior ao invés de ser re-investido no país. A imagem dos ditadores que possuem contas bancárias em bancos suíços é caricata, mas muito freqüentemente verdadeira. Por outro lado, a corrupção em alguns governos asiáticos, como o do presidente Suharto (que cobrava suborno na forma de percentagem da receita bruta de todos os negócios realizado nas Filipinas), tende a não exportar em níveis tão elevados o capital extraído e a fornecer mais condições para o desenvolvimento com investimentos em infra-estrutura, lei e ordem (que não afetem logicamente a atividade da corrupção) etc. Em países da América do Sul, os agentes de corrupção historicamente tem mantido ambos os enfoques.
Pesquisadores da Universidade de Massachusetts estimaram que a fuga de capitais dos 30 países africanos sub-saarianos ultrapassou 187 bilhões de dólares, uma soma que excede a dívida externa desses países. A perda dos países, medida em desenvolvimento econômico retardado ou suprimido das sociedades, foi modelada em uma teoria pelo economista, Mancur Olson. Um dos fatores para o comportamento africano foi que a instabilidade política levava os novos governantes a confiscar os ativos obtidos de forma corrupta pelos governantes antigos. Isto levava todos os governantes e funcionários a enviar a riqueza adquirida de forma corrupta para o exterior para ficarem fora do alcance do confisco caso perdessem o poder político.
A falta de transparência da estrutura governamental é outro fator favorável. Mesmo em regimes democráticos podem existir e geralmente existem estruturas viciadas através das quais a legislação dificulta ou mesmo impede a prestação de contas dos tomadores de decisão para a cidadania. O impedimento do olhar fiscalizador do uso do dinheiro público por parte do cidadão implica seu acesso ao interior da estrutura burocrática estatal de tomada de decisão e não apenas aos efeitos da tomada de decisão na realidade.
Falta de simetria de informação entre os membros da sociedade. A falta de educação de qualidade em que é mantida a maior parte da população dos países mais pobres

Fonte: Meus arquivos.

sábado, 22 de agosto de 2009

* AMANHECER *

Levantei super cedo hoje , este fascínio que sinto pelas madrugadas , é uma hora tão linda , parece que a natureza está sintetizada toda , nesta hora mágica . Há algum tempo , fiz uma música para piano , com letra que se intitula 'Amanhecer' , acho-a linda , fica tão suave , eu ainda estava casada , lá em minha casa em Tupanciretã , uma casa grande , linda , com uma frente para o sol nascente , lá eu adorava escrever de madrugada , descia , ele ficava ainda dormindo , fazia o mate e ficava alí , na sala grande , de frente para o céu que seria cenário ao magistral nascimento do sol . Que beleza imensa , meu silêncio era tão doce , tão significativo , naquele instante mui sublime . Nessa fase , meu casamento já estava numa fase crítica , eu sentia que estava levando , mais e mais que podia , a vontade era mesmo me separar , o que fiz pouco tempo depois . Nesta manhã que compus esta música , 'Amanhecer' , eu me sentia em estado de graça , foi em verdade , um amanhecer diferente , o sol murmurava um nascimento diferente dos outros para mim . É maravilhoso um amanhecer , uma das belezas mais tocantes que podemos contemplar . Tudo flui em nossa mente de uma forma única e inesquecível . Sinto saudade daquela casa , que ainda é minha , o fato de não tê-la vendido me deixa feliz , sei que toda a síntese daquele tempo está lá , para mim com um grande significado , ter sido bom enquanto durou e somente tenho a agradecer a Deus as dádivas supremas e eternas que recebi .

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

* ESPANHA *

Agora neste momento estou muito triste meu blog , tão difícil , em certos momentos morar sozinha , é raro me sentir assim , o que está acontecendo .. é uma intensa nostalgia , me sinto adolescente escrevendo aqui agora mas , o que é a vida se não o momento , o aqui e o agora , tudo passa e nada sabemos de nosso amanhã , este assunto parece lugar comum , mas para mim agora não é . Tenho tantas pessoas que me telefonam e me convidam a sair , fiquei aqui escrevendo , parece que aqui encontro mais , é bom porque foi para isto que fiz este blog , falar comigo assim , sem máscaras , de mim para mim , me olhar bem dentro e sentir . Não é vontade de chorar , não é insatisfação , não é emoção , é muito estranho , diferente , mas passam os minutos e tudo passa , amanhã é um novo dia , um amanhecer criança , tudo recomeça , renasce ... a vida , nestes momentos , parece uma ilusão , uma superação do nada . A gente casa , faz os filhos , depois eles se lançam ao mundo e olhamos de longe as suas caminhadas , seus embates , sua superações , com eles sofremos , com eles somos felizes , com eles vibramos e nos recompomos . São tudo para nós , sem eles o que sobraria ? nos dão a energia que precisamos , no momento certo , nos amam de verdade , nos aceitam como somos , de nosso jeitinho , se sentem em nós , nos valorizam , agradeço tanto a Deus por meus três amados filhos , são legais demais comigo , carinhosos , se preocupam , são tudo para mim , meus amores da vida , minhas perspectivas da existência , dinâmicas de meu cotidiano . Eu poderia estar em Porto Alegre agora , um pulinho , em Júlio de Castilhos , quem sabe na Espanha rsrs , acho que vou embora para lá ... esta minha paixão pela Espanha é deliciosa , é algo que curto pensar .

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

* MEU PIANO MEU AMOR *


Desde muito pequena estudei piano , me dediquei a vida toda à música , depois , por volta de vinte anos , quando já estava na faculdade , estudei violão e desde lá , nunca mais perei de tocar e cantar . Adoro meus instrumentos musicais , tenho me dedicado cada vez mais à arte , fiz este blog 'Arte é Vida' há três anos , estou agora com quase vinte blogs , tenho um só para poemas , se chama 'Meus Poemas de Improviso' , adoro ir lá desabafar , contar a ele tudo que sinto , está sempre disposto a ouvir-me , esta é a vantagem de escrevermos , passamos intensamente as nossa emoções mais contidas e mais escondidas e , certamente é uma libertação . Sempre falo , o piano é minha paixão de vida . Nunca o abandonei , desde mais ou menos cinco anos de idade , sempre foi a minha eterna e grande companhia . Meu avô Miguel me incentivava muito , pedia para eu tocar e sentava-se na sala de música , quietinho para ouvir-me , eu me sentia super valorizada e feliz . Meus avós , tanto maternos , quanto paternos , foram sempre grandes incentivadores de tudo que realizei em minha vida . Vó Neza , Vô Omar , Vó Júlia e Vovô Miguel . Agradeço a Deus , acredito que tive uma infância feliz .

* CAVALOS *

Outra paixão que tenho são os cavalos , sempre assim desde criança , sempre cavalgava e tinha o meu , especialmente para eu andar . Acho um animal muito especial , pena que é terminantemente impossível criar um em casa ... rsrs , se fosse possível , eu já o teria aqui , lindo , fogoso e cheio de energia . Aqui neste blog , tão simples e despojado como as melhores coisas da vida , vou escrever exatamente o que estiver sentindo no momento , penso que será bem legal , sem publicações de artigos de outros , enfim , aqui vale tudo para me fazer feliz .